CCZ orienta sobre leishmaniose
Acontece entre os dias 6 e 10 de agosto a Semana Estadual de
Vigilância e Controle da Leishmaniose. Sobre a doença o Centro de Controle de
Zoonoses da Fundação Municipal de Saúde esclarece sobre as principais dúvidas
da população.
O que é a Leishmaniose Visceral?
É uma doença grave, que atinge humanos
e cães. Quando não tratada, a doença pode levar a morte até 90% dos casos
humanos. Ela é causada pelo protozoário Leishmania chagasi, que é transmitido através da picada de um inseto
chamado flebotomíneo (Lutzomyia
longipalpis), popularmente conhecido como mosquito
palha.
Como a Leishmaniose Visceral é transmitida?
Por causa dos desmatamentos, o mosquito tem perdido seu
habitat natural em matas e
florestas e chegado cada vez mais
perto dos centros urbanos, sítios e jardins. É um mosquito muito pequeno e
caracteriza-se pela sua forma de pousar com as asas entreabertas.
A doença é transmitida pela fêmea do
mosquito palha contaminado, quando o mosquito pica cães infectados e,
posteriormente, pica humanos. Não há transmissão direta entre pessoas e entre
pessoas e cães.
Quais os principais sintomas?
Em Humanos:
. Febre irregular de longa duração (mais de 7 dias);
. Falta de apetite, emagrecimento e
fraqueza;
. Barriga inchada (aumento do baço e fígado)
Em caso de sintomas, deve-se procurar o serviço de saúde
mais próximo da residência, principalmente se a pessoa esteve em área onde a
doença esteja ocorrendo.
Em cães:
Os cães podem ficar infectados por vários anos sem
apresentarem sinais clínicos. Estes cães
são fontes de infecção para o
inseto transmissor da doença, e portanto, um risco à saúde de
todos. Nestes casos, a única forma
de detectar a infecção é através de exames específicos.
Quando os cães adoecem apresentam principalmente os
seguintes sinais clínicos:
. Apatia;
. Lesões de pele (feridas e descamações);
. Queda de pelos, inicialmente ao redor dos olhos e nas
orelhas;
. Emagrecimento progressivo;
. Lacrimejamento (conjuntivite);
. Aparecimento de ínguas;
. Crescimento anormal das unhas;
. Inchaço de pernas;
. Sangramento de nariz ou de outras aberturas
Como prevenir?
A criação e proliferação do inseto vetor
da doença se dá no meio da matéria orgânica e em
criadouros de animais, por isso
deve-se:
. Evitar criações de porcos e galinhas em área urbana:
. Manter a casa e o quintal livres de matéria orgânica,
recolhendo folhas de árvores, fezes de animais, restos de madeiras e frutas;
. Todo esse lixo deve ser embalado e fechado em sacos
plásticos;
. Proprietários de terrenos desocupados devem adotar as
mesmas medidas descritas acima;
. Manter o animal em ambiente telado com malha fina durante
o período de maior atividade
do inseto transmissor (do
entardecer ao amanhecer);
. Uso de coleiras repelentes de insetos;
. Adotar a posse responsável do animal, não permitindo que o
mesmo fique solto nas ruas;
. Permitir o acesso das autoridades sanitárias ao domicílio,
para testagem dos cães e
reconhecimento dos que estiverem
com LV.
Em caso de dúvidas sobre a Leishmaniose Visceral, deve-se procurar o serviço de saúde mais próximo ou o Centro de Controle de Zoonoses através dos telefones: 3527-0309 ou 3535-4441.